Publicado em: 07/11/2023 18:16:50
A violência e o horror expresso nos conflitos na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Egito e Israel, é algo que diz respeito à toda a humanidade. Nós, geógrafos e geógrafas do Gepcultura, lamentamos e manifestamos nossa solidariedade às vítimas indefesas e inocentes dos dois lados conflitantes. Apesar de haver vítimas nos dois lados, é necessário tornar nítido o genocídio direcionado ao povo palestino. Com apoio do imperialismo norte-americano e da extrema direita de alguns países, a ala militar de Israel tem intensificado o massacre na área que corresponde à Faixa de Gaza. Com a intenção de dominar territorial e politicamente a Palestina, o governo israelense concebe o genocídio de palestinos como política de Estado.
O imbróglio histórico vivido entre povos no que constitui "A Terra Santa" vem de uma rugosidade histórica conflituosa, perpetuada por inúmeros processos milenares dos acúmulos desiguais de tempos e disputas territoriais. No entanto, são os judeus o povo que atualmente habita no que é dito como o “Estado de Israel”. Tal nação tem como data de fundação o ano de 1948 - criado de forma vertical pela Organização das Nações Unidas, sem direito de decisão/veto dos povos muçulmanos. Entende-se que, após o holocausto, vivido no período da Segunda Guerra Mundial através do estado nazista, tal medida foi entendida como necessária para garantia dos direitos e da autodeterminação dos povo judeu, esses que tinham passado por processos violentos e traumas históricos.
O governo do Estado de Israel ao reivindicar justificativas para os ataques em massa esquece de revisitar o seu passado recente e reproduz a violência vivida de forma cruel e desumana promovida pelo nazismo alemão, quando aprisiona todo o povo palestino os cercando por muros sem direito a água, comida, eletricidade, comunicação, com bombas caindo em hospitais, sob suas cabeças e com todas as fronteiras fechadas por terra, água e ar, equiparando-se a experiência vivida nos campos de concentração do holocausto.
O povo palestino, são àrabes de tradição muçulmana, que também foram violentados pelo regime nazista - assim como os povos ciganos, negros e outros. É um povo com histórico de constantes processos migratórios, de distintas relações socioespaciais e com identificações territoriais a "Terra Sagrada". Dentro destes princípios, entende-se, por sua vez, que também deveriam ter a sua autodeterminação de povo respeitada. Algo que não é vivido, pois há interesse imperialista, colonialista e capitalista por parte do Norte Global e seus financiadores.
A ocupação israelense tem sido opressiva e violenta ao longo das décadas com acordos pós guerra desproporcionais, que estabeleceram condições favoráveis apenas ao povo judeu e que promoveram fluxo migratório de refugiados palestinos de seu território em virtude do não estabelecimento de um Estado Palestino independente, além das presões das colônias israelenses na Cisjordânia, amplamente reconhecidas como ilegais segundo o direito internacional e condenadas pelo Tribunal de Haia, que abrigam mais de meio milhão de colonos judeus em território árabe.
Paralelo aos conflitos étnicos, estruturas capitalistas fomentam essas praticas de violência, enquanto o mundo pede paz, os EUA financia o armamento do estado de Israel, que violentamente contra ataca todo o povo palestino pautado em uma ação de um grupo isolado, que se autonomina Hamas. Em pronunciamento do presidente dos EUA solicitando recurso financeiro para apoiar Ucrânia e Israel, deixou claro seu posicionamento em fomentar a continuidade da guerra e não somar forma no pedido global de cessar fogo, o Presidente Biden informou que o apoio financeiro trata-se de um “investimento que renderá dividendos para a segurança norte-americana por gerações”.
O Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre Modos de Vidas e Culturas Amazônicas (GEPCULTURA) torna público seu repúdio aos atos terroristas praticados pelo grupo Hamas ao povo judeu assim como repudia o genocídio praticado pelo Estado sionista de Israel que vem promovendo o genocídio do povo palestino.
Manifestamos nosso desejo de paz entre os povos do território de Gaza que historicamente já conviveram em harmonia como judeus, muçulmanos, cristãos dentre outros povos.
Apoiamos a criação do Estado da Palestina, bem como o reconhecimento de seu território para que o povo palestino de forma legítima seja reconhecido como nação por todos os países do globo e possam ter a dignidade de vivenciar sua cultura com liberdade, felicidade e paz com todos os povos.
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Fonte: GepCultura - PPGG/UNIR